Segundo o IBGE, o maior impacto individual no IPCA-15 de julho veio do leite longa vida. O item acumula alta de 57,42% no ano.
O item acumula alta de 57,42% no ano e 51,69% em 12 meses.
Além do leite longa vida, o item “Leite e derivados” também apresentou alta, de 11,43%, assim como os derivados requeijão (4,74%), manteiga (4,25%) e queijo (3,22%).
As recentes altas do preço do leite são explicadas pela menor oferta, segundo o “Boletim do Leite”, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Esalq/USP).
O período da entressafra acontece entre o outono e o inverno e os produtores ainda enfrentam os impactos causados pelo La Niña na alimentação dos animais.
O La Niña, que ocorreu no fim do ano passado, é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico em pelo menos 0,5ºC, o que causa impacto no regime de chuvas do Brasil.
Mamão
O mamão foi o item que apresentou maior aumento de preço no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de julho, com alta de 22,48%.
O indicador, prévia da inflação oficial, foi divulgado na terça-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também entre os maiores aumentos estão o leite longa vida (22,27%) e o pepino (15,31%).
O IPCA-15 teve ligeira alta de 0,13% em julho, abaixo do 0,69% de junho. Foi a menor variação desde junho de 2020, quando houve alta de apenas 0,02%. A desaceleração reforça a expectativa, demonstrada nas projeções de economistas, de IPCA negativo no balanço completo do mês. Só que o alívio na prévia de julho ficou concentrado nos combustíveis e na conta de luz. Os alimentos voltaram a ficar mais caro, com destaque para o leite e seus derivados.
Veja o ranking dos itens que tiveram maior aumento no IPCA-15 de julho:
- Mamão: 22,48%
- Leite longa vida: 22,27%
- Pepino: 15,31%
- Leite e derivados: 11,43%
- Melancia: 10,71%
- Maracujá: 9,91%
- Banana d’água: 9,84%
- Pera: 8,21%
- Coentro: 8,20%
- Carvão Vegetal: 8,18%
Quedas
A laranja-baía foi o item que apresentou maior redução de preço no IPCA-15 de julho, com queda de 22,16%. Em seguida, vêm o tomate (-19,42%) e a cenoura (-19,24%).