Apesar de bem encaminhado, o acerto para que o deputado estadual Moacir Sopelsa assuma o governo de Santa Catarina ainda não está totalmente garantido. Tudo indica que a posse do concordiense como governador do Estado ocorra na manhã de sábado, em Florianópolis, em ato a ser confirmado.

Mas o problema, conforme informações do site NSC Total e de apurações feitas pela reportagem da Rural e 96, é que a vice-governadora Daniela Reinehr. Ela pode complicar a negociação entre o Republicanos, partido de Carlos Moisés, e MDB, de Sopelsa. Os dois partidos estão coligados.

Em tese, assumir agora a cadeira de governadora não interessaria a Daniela porque ela perderia a possibilidade de concorrer nas próximas eleições, conforme as informações da colunista do NSC, Dagmara Spautz. . A vice é candidata a deputada federal pelo PL.

A legislação eleitoral estabelece que os vices que assumem o governo durante o período eleitoral ficam inelegíveis, ou seja, estão proibidos de concorrer. Daniela afirma que, como não foi consultada, ainda não pensou no assunto. Continua vice-governadora e continua candidata. A vice diz que só após a comunicação formal decidirá se vai se licenciar, e quando.

A esta altura, há quem aposte que Daniela possa jogar água no chope de Moisés e atrapalhar os planos do governador de deixar o cargo para se dedicar às eleições – o que não apenas atrapalharia a campanha de Moisés, mas também criaria uma saia-justa para o governador junto ao MDB. Daniela, vale lembrar, é aliada de Jorginho Mello (PL), que disputará as eleições contra Moisés.

Nos bastidores, a aposta é que Daniela não vá atrapalhar. Primeiro, porque, como disse a jornalista do NSC, ela se tornaria inelegível. E, segundo, por conta de Moisés. Caso ela não facilite a negociação, o atual governador também não deixaria a função, já que não há esta necessidade, fazendo com que ela perdesse a chance de concorrer e ainda não assumisse a cadeira chefe do Estado.

Moisés sairá do cargo temporariamente para cuidar da campanha – mas a licença é também um gesto político, um afago ao MDB e ao deputado Sopelsa, que chegou a ser cotado para ser vice na chapa do governador e foi um dos mais empenhados parlamentares na campanha interna pela aliança do partido com o Republicanos.

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