O mercado brasileiro de soja apresentou queda expressiva no fechamento. No entanto, durante o dia, houve certa volatilidade, acompanhando o movimento de Chicago.

Houve registros de negócios, com os produtores se vendo obrigados a vender devido aos custos e à necessidade de abertura de espaço.

Veja os preços da soja disponível

  • Passo Fundo (RS): caiu de R$ 140,50 para R$ 135,00

  • Região das Missões: baixou de R$ 139,50 para R$ 134,00

  • Porto de Rio Grande: recuou de R$ 144,50 para R$ 142,50

  • Cascavel (PR): desvalorizou de R$ 131,00 para R$ 128,00

  • Porto de Paranaguá (PR): decresceu de R$ 142,00 para R$ 139,00

  • Rondonópolis (MT): diminuiu de R$ 123,00 para R$ 118,00

  • Dourados (MS): caiu de R$ 129,00 para R$ 128,00

  • Rio Verde (GO): baixou de R$ 125,00 para R$ 121,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira (24) com preços mais baixos. O clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos manteve o mercado sob pressão.

O clima frio preocupa para a germinação, mas não deve atrapalhar o plantio de soja e milho nos Estados Unidos. Segundo o agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos, as baixas temperaturas são a grande preocupação do produtor norte-americano.

“A semana começa gelada em grande parte das áreas produtoras do Meio-Oeste. Regiões como Indiana, Illinois, Iowa, Missouri, Nebraska e, principalmente, as Dakotas e Minessota ainda apresentam temperaturas próximas a zero. Isso deve dificultar a germinação. Como não há previsões de muita chuva para esta semana, o plantio até deve deslanchar normalmente”, disse.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta que, até o domingo (23), 9% da área destinada ao plantio da soja já havia sido semeada, contra 4% da semana anterior.

Apesar da alta do petróleo e da queda do dólar frente a outras moedas, o mercado financeiro ainda merece atenção. A possibilidade de os norte-americanos persistirem com uma política monetária austera ainda é motivo de preocupação. A taxa básica de juro será definida no dia 3 de maio.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 374.960 toneladas na semana encerrada no dia 20 de abril, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA. O mercado esperava 500 mil toneladas.

Contratos futuros da soja

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 18,25 centavos ou 1,23% a US$ 14,65 1/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,36 por bushel, com perda de 13,00 centavos de dólar ou 0,89%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 6,20 ou 1,39% a US$ 437,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 52,76 centavos de dólar, com perda de 0,81 centavo ou 1,51%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,37%, sendo negociado a R$ 5,0400 para venda e a R$ 5,0380 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0390 e a máxima de R$ 5,0860.

fonte: https://www.canalrural.com.br/projeto-soja-brasil/precos-da-soja-despencam-no-brasil-mas-produtores-vendem-por-necessidade/